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Legendas como recurso narrativo: Begginers

  • Las Viralatas Legendas
  • 21 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

Sem fazer um panorama histórico da forma que a legenda audiovisual veio sendo utilizada e produzida desde a pietagem, nas películas, até as legendas digitais, vamos passar direto a uma questão pouco debatida: o uso das legendas como recurso narrativo nos filmes. É raro encontrar filmes que dão utilidade para suas legendas além de traduzir as falas dando acessibilidade aos que não entendem o idioma original, ou surdos e ensurdecidos (LSE), para que qualquer pessoa possa acompanhar o filme.

Como mais pode-se usar as legendas?

As legendas podem estar na tela como uma narração em off, sem acompanhar o som; podem trazer palavras que não podem ser lidas na imagem, como a descrição de um livro ou do celular que a personagem lê e o expectador não consegue visualizar; pode ser uma camada diegética; pode até ser "a voz" de uma personagem, que vemos ou não vemos. Trouxe aqui um exemplo de utilização da legenda que eu adoro, o filme Begginers (Mike Mills, 2010), que eu não sei porque foi lançado como Todas as formas de amor, no Brasil.

Oliver, após a morte de seu pai, que se assumiu gay no fim da vida, passa por uma fase introspectiva e de muita reflexão, com seu cachorro, além de desenvolver um romance com Anna. A graça da legenda é que o cachorro não fala, como em uma animação, mas seus pensamentos aparecem nas legendas. Oliver não sabe o que o cachorro "pensou", mas o espectador sim é onisciente, este recurso dá graça aos diálogos de Oliver e seu cachorro, aludem a ideia humana de quando conversamos com bichos e imaginamos que eles nos entendem e pensam suas respostas. É o uso mais genial da legendagem que já vi num filme. Vejam pelo trailer.

 
 
 

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